FILOSOFANDO O COTIDIANO

O autor define com mestria o significado da FILOSOFIA ESPÍRITA vigente no atual estágio evolutivo em que nos encontramos.
Acompanhe conosco esse processo de encontros e desafios, que definem o Ser em busca de si mesmo através de ações que convergem a favor da paz e da Harmonia.

Educar para o pensar espírita é educar o ser para dimensões conscienciais superiores. Esta educação para o Espírito implica em atualizar as próprias potencialidades, desenvolvendo e ampliando o seu horizonte intelecto-moral em contínua ligação com os Espíritos Superiores que conduzem os destinos humanos.(STS)

Base Estrutural do ©PROJETO ESTUDOS FILOSÓFICOS ESPÍRITAS (EFE, 2001): Consulte o rodapé deste Blog.

14 de fevereiro de 2010

JESUS VOLTARÁ ! !

Esta é a mensagem que gostaríamos de ver escritas em todas as manchetes de jornais, nas televisões, na internet. Sim, temos a confirmação de que Jesus voltará em breve, e precisamente, na próxima noite do dia 24 de dezembro, que, embora historicamente não coincida com os fatos - mas é esta a data em que comemoramos, cristãos de todo o planeta - o nascimento daquele que foi e é o nosso maior exemplo a ser seguido.

Também poderíamos dizer - mas desta vez um pouco mais à frente -, sim, Jesus voltará no coração de cada homem e de cada mulher que se fizer seu(sua) seguidor(a), pois assim “está escrito” que seja, não por predestinação, não porque uma ou outra religião humana ou crença esotérica ou exotérica tenha assim predito, conforme o mito ou arquétipo (universal) do Messias em que se baseia, mas porque nós, seres humanos em trânsito da fase moral de provas e expiações terrenas e de outras dimensões de vida, estaremos nos encaminhando natural e espontaneamente para Ele, que tão clara, explícita e objetivamente explicou e exemplificou que assim fôssemos e fizéssemos. Dizia ele: Eu sou o caminho, a verdade, a vida; ou ainda: Ninguém vai ao Pai, senão por Mim...

E tão clara e explícita foi a sua lição, que nós, em nossa pobre humanidade, até agora, questionamos a sua efetiva validade, pois não conseguimos assimilar, porque rebuscados e complexos são os caminhos que a raça humana escolheu e escolhe. Uma mensagem divina, para nós, não poderia vir de uma simples manjedoura, sem atavios ou enfeites, cercada de animais domésticos e de gente empobrecida e sacrificada, pois um Ser Divino deve possuir o selo da excelência, nascer em berço de ouro, e, se nos tempos atuais, em apartamento de cobertura ou em condomínio fechado, de pais cujo status social lhe assegurasse o futuro, fácil de ser previsto, pois cercado de facilidades, pompa e circunstância. Uma mensagem divina, para ser “verdadeira”, jamais se cercaria de sacrifícios ao bem-estar próprio, à posição social, aos bens, à juventude, ao vigor da inteligência.

O flagício da cruz - em nosso entendimento - jamais seria o caminho para a implantação de uma nova idéia, ou de uma verdade. Pois os caminhos que traçamos para o estabelecimento de um novo paradigma perpassam pelos organismos internacionais, pelos conluios com as autoridades representativas do Estado e dos governos; pelas políticas, pelos cargos - necessários, em nosso entendimento, mas profundamente falhos em essência, pois não constituem verdades de razão - para que ela, a idéia, ou paradigma, se firme.

De nenhuma forma, jamais passaria pelo nosso pensamento, que o sacrifício implicasse em abandono de amigos e família, de despojamento de posição ou status social, de torturas morais e físicas inauditas, pois se Jesus era e é divino, grandiosos foram os seus sofrimentos (porém, não em nossa forma de pensar).

E como seria um Justo, um Messias, um Ser Divino? E como Ele viria até nós? E o que diria? Em parte já o dissemos, mas ainda assim nos sentaríamos em assembléia de doutos conselheiros para discutir se a sua Divindade é real ou fictícia, e talvez ficássemos anos e anos nessa discussão... E concluiríamos, finalmente, de que não há, absolutamente, provas que atestem a veracidade de sua identidade. Chamaríamos doutores de todas as especialidades para a discussão científico-filosófica ou filosófico-científica acrescidas das ponderações teológicas de tal ou qual religião através de seus magnos representantes. E sairíamos a apontar os detalhes de sua aparência, idade, status social e performance intelectual, analisaríamos as Suas palavras pela semântica, morfologia e sintaxe empregados, as suas expressões faciais e postura física, a qualidade das grifes com as quais - evidentemente - estaria trajado, as colocações mais acertadas e objetivas, a qualidade do vocabulário. Certamente, Ele teria que ser um doutor em várias especialidades, mormente em psicologia avançada, pois seria autor de um evangelho que, necessariamente traria receituários terapêuticos para a felicidade imediata, para o bem-estar moral e físico...

A Sua vinda teria que trazer toda a tecnologia avançada que se preze, e talvez, quem sabe, viria até nós, à semelhança dos antigos deuses da mitologia, que se exibiam aos olhos espantados da humanidade-infante, em carruagens de fogo, por entre relâmpagos e trovões. Mas talvez bastasse um veículo interplanetário com toda a tecnologia de ponta (desconhecida na Terra), esta sim, importante, para atestar a veracidade de sua Divina Identidade.

Certamente é de se esperar que Ele nos livrasse da violência de todas as formas hoje expressas, do ódio, da corrupção, da leviandade, do sofrimento, da fome ou dos excessos, das doenças crônicas e agudas, das epidemias e pandemias, das síndromes psicológicas, dos transtornos de comportamento, dos sentimentos torpes, da carência moral, espiritual e afetiva, da falta de assistência, de amizade, de amor, do vazio existencial imenso e terrível..., pois este é o papel do mito.

Contudo, Ele - o Ser Divino por excelência veio até nós, há 2007 anos, numa noite fria, em uma pobre manjedoura cercada do calor físico de animais domésticos, do amor de seus pais, do respeito dos pastores. Foi saudado por Reis, amado pelos bons, odiado pelos maus.

Personificando o Refúgio da Dor, ensinou-nos como combatê-la - ou melhor, compreendê-la. Amante da verdade, ensinou-nos como procurá-la - e encontrá-la; Caminho por entre as trevas, mantém ainda acesas as luzes da verdade divina para que possamos nos conduzir sem grandes tropeços. Revelou-nos o Pai de amor e misericórdia que nos criou e continua a velar por nós, filhos ingratos, rebeldes e malvados.

E porque desejasse que fossemos felizes, legou-nos uma herança - aliás, duas. Uma delas é o seu Evangelho, a outra é a promessa contida nele, de que estaria em espírito e verdade através do paracleto, em dias futuros, quando deixássemos a brutalidade dos instintos vigentes por sobre a inteligência e a afetividade, e quiséssemos alcançar o reino, por livre e expontânea vontade.

E há 150 anos, mais precisamente em abril de 1857, um simples professor - pois os grandes mestres e grandes missionários não trazem atrativos transitórios -, um pedagogo da alma e do espírito, burilado ele mesmo nas reencarnações de labor, renúncia e aflições, trabalha intensamente com os representantes do reino para implantar, em definitivo, o caminho, a verdade e a vida acrescidos de elementos conducentes ao entendimento do porquê devemos ser bons. E retira o seu nome, substituindo-o por um pseudônimo, para que não entendêssemos que ele detinha os direitos de autoria de um ensino eterno e sublime, mas do qual era apenas portador, organizador e trabalhador.

E porque é simples a sua mensagem - e a do paracleto, o Espiritismo -, e porque é através da humildade de princípios e da coragem de se superar; e porque o Seu fardo é leve, fácil de passar pela porta estreita, é que não aceitamos o jugo, suave por excelência, de Jesus.

E porque não aceitamos a humildade, a simplicidade; e porque teimamos em carregar o fardo da intolerância, da cupidez, do personalismo doentio, da agressividade contra tudo e contra todos, como um permanente estado íntimo de guerra, nos demoramos hoje no sofrimento profundo, violento, destruidor e destrutivo.

Quem sabe, um dia, festejaremos o verdadeiro Jesus desataviado das crenças mitológicas que teimam em permanecer vigentes em nossa forma de ser e estar na existência, e comemoraremos, subindo aos telhados, literal e abstratamente, e ergueremos as mãos para o alto, e assim - surpresa! - alçaremos vôo para encontrarmos a nossa própria divindade, transcendente e imanente, e nesse vôo sublime, nos encontraremos com Ele, Jesus, que, estará, apenas e tão somente, simples e amorosamente, feliz pelo reencontro pois, então, poderemos ser todos um só com o Pai.

BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA:
O Evangelho Segundo o Espiritismo, Allan Kardec; Boa Nova, Humberto de Campos e Francisco Cândido Xavier

EFE Filosofia Espírita

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Centro Espírita Nosso Lar Casas André Luiz

EFE- Educação Mediúnica com base na Filosofia Espírita

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Grupo Espírita Irmão Carmello

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