"CADA FASE DA EVOLUÇÃO HUMANA SE ENCERRA COM UMA SÍNTESE CONCEPTUAL DE TODAS AS SUAS REALIZAÇÕES." (J.H.PIRES)
FILOSOFANDO O COTIDIANO
O autor define com mestria o significado da FILOSOFIA ESPÍRITA vigente no atual estágio evolutivo em que nos encontramos.
Acompanhe conosco esse processo de encontros e desafios, que definem o Ser em busca de si mesmo através de ações que convergem a favor da paz e da Harmonia.
Educar para o pensar espírita é educar o ser para dimensões conscienciais superiores. Esta educação para o Espírito implica em atualizar as próprias potencialidades, desenvolvendo e ampliando o seu horizonte intelecto-moral em contínua ligação com os Espíritos Superiores que conduzem os destinos humanos.(STS)
Base Estrutural do ©PROJETO ESTUDOS FILOSÓFICOS ESPÍRITAS (EFE, 2001): Consulte o rodapé deste Blog.
31 de dezembro de 2013
O ANO NOVO ÉS TU
21 de dezembro de 2013
FELIZ NATAL COM JESUS!!!
MESTRE, AMIGO, IRMÃO... TUA LUZ SE APROXIMA MAIS INTENSAMENTE NESTES DIAS QUANDO OS HOMENS SE LEMBRAM DE TI... QUISERA TODOS OS DIAS, TODOS OS MOMENTOS A TUA LEMBRANÇA ESTIVESSE EM TODOS OS CORAÇÕES E MENTES...
FAÇAMOS VOTOS QUE EM 2014 A TUA PRESENÇA SE FAÇA CONSTANTE E PARA SEMPRE.
19 de novembro de 2013
Mitologia Nórdica no cinema - JRRTolkien
Para quem aprecia as sagas mitológicas de Tolkien, em breve a segunda parte de O Hobbit estará nas telas - aproveite para localizar os arquétipos com os quais o autor trabalha para simbolizar virtudes e vícios, valores e desvalia, Bem e Mal - vale a pena !
25 de julho de 2013
MEU PAI
Papai e vovô Luiz |
13 de julho de 2013
PRECISAMOS DIZER ALGUMA COISA ?
9 de julho de 2013
DESERTIFICAÇÃO JÁ ATINGE UMA ÁREA DE 230.000m2 NO NORDESTE
Em Gilbués, no sul do Piauí, desertificação atinge 45% do território © 1996 - 2013. Todos direitos reservados a Infoglobo Comunicação e Participações S.A. |
Homenagem a Hermínio C. de Miranda
Prestamos neste blog a singela homenagem ao grande espírita que foi o prof. Hermínio Miranda.
Nunca esquecerei a sua cordialidade fraterna, a sua gentileza e simplicidade diante de uma jovem iniciante nos estudos e pesquisas espíritas que era eu mesma, feliz por estar frente a um dos maiores estudiosos e pesquisadores que o Espiritismo já pudera ter no Brasil. O professor Hermínio, diante de meu imenso respeito e emoção, fraternalmente conversou comigo, sobre a nossa grande paixão tornada objetivo de vida: o Espiritismo.
1 de julho de 2013
ESPIRITISMO E POLÍTICA PARTIDÁRIA
Durante a Idade Média, era comum avaliar os atos políticos por meio de juízos de valor, considerados e levados à prática pela Igreja cristã. Ignorando ou deixando de lado a moral cristã, Maquiavel inaugura a ruptura entre política e moral, ou seja, o ato político deixou de ser avaliado pelo seu valor moral, considerado por ele de sujeição e domesticação pelo clero, para ser avaliado por seu sucesso perante a manutenção de poder. “Se vistos pela ótica da moralidade cristã, dificilmente seriam admissíveis conselhos como: enganar as pessoas, aparentar qualidades que são valorizadas pelo povo e renegar estas qualidades quando estas não forem mais úteis; assassinar aliados quando necessário para a manutenção do poder (...) (ibid, 2011).” O príncipe deve ser temido mas, por outro lado, deve cuidar para que não seja odiado.
21 de junho de 2013
I WAS BLIND BUT NOW I SEE...
10 de maio de 2013
MINHA MÃE
3 de abril de 2013
29 de março de 2013
VOCÊ CONHECE A HISTÓRIA DA PÁSCOA?
JESUS, SEGUNDO PAULO DE TARSO, TROUXE UMA MENSAGEM UNIVERSAL; JAMAIS PODERIA FICAR RESTRITA A UMA SÓ CULTURA, UM SÓ PAÍS, UMA SÓ COMUNIDADE, JAMAIS PODERIA FICAR CIRCUNSCRITA A UMA SÓ REGIÃO.
JESUS É POR TODOS, É DE TODOS, AMA-NOS INCONDICIONALMENTE.
JESUS, MESTRE AMADO, RECEBA DE NÓS, TEUS IRMÃOS E IRMÃS QUE AINDA NÃO TE COMPREENDEMOS OS CAMINHOS, A MENSAGEM, A VIDA, OS CONSTANTES CONVITES À NOSSA RENOVAÇÃO, O NOSSO IMENSO AMOR, A NOSSA IMENSA GRATIDÃO;
QUE NESTA CELEBRAÇÃO DA SUA VOLTA DAS SOMBRAS DA MORTE, POSSAMOS COMPREENDER A GRANDIOSIDADE DE TEU SACRIFÍCIO, DE TUA DOAÇÃO, DE TEU AMOR POR TODOS.
(ALGUNS CONCEITOS EMITIDOS PELO VIDEO CORRESPONDEM À VISÃO RELIGIOSA PROTESTANTE)
7 de março de 2013
AS MULHERES NA FILOSOFIA E NA FILOSOFIA ESPÍRITA
(Marjorie Estiano, em bela performance de Laura, em Lado a Lado)
Estaremos lançando, em Março, Mês Especial da Mulher, a coluna As Mulheres na Filosofia e na Filosofia Espírita, no Portal CEFE-Centro de Estudos Filosóficos Espíritas www.filosofiaespirita.org onde, a cada período, falaremos sobre a Conspiração do Silêncio que envolveu e envolve o trabalho intelectual de todas as pensadoras que o mundo conheceu ou de quem nunca sequer ouviu falar – também incluiremos as médiuns e sensitivas que pontilharam de luzes a nossa existência.
E por que não enaltecer as mulheres de hoje, pensadoras, intelectuais, e ao mesmo tempo profissionais, mães, filhas, irmãs, sobrinhas? E por que não incluir as que lutam pelos Direitos Humanos, pela preservação da Natureza, pela caridade e pelo Amor ; falaremos sobre e pelas Dorothys Steng, Teresas de Calcutá, Hipácias de Alexandria, Aspásias de Mileto, Marias de Magdala, Marias Montessori, pelas Tessas ( mulher metáfora em O Jardineiro Fiel) e sobre muitas, muitas outras.
Aguardem !!
12 de fevereiro de 2013
CARNAVAL OU MOZART? (UM DIÁLOGO ATEMPORAL)
Um dia conversávamos com um Maestro e com uma Pianista. E a nossa conversa girava em torno de, claro, música. Foi quando o Maestro, desviando o assunto, exclamou: Mas, e o carnaval? Onde fica a cultura nesses dias onde tudo é permitido? Quando as mulheres esquecem o pudor e os homens, ah, estes nem se fala!..
O prezado leitor já deve ter percebido que o querido Maestro pertencia à geração dos antigos. Prosseguiu ele: Eu me lembro de quando era criança, apreciava as brincadeiras, os carros que saíam às ruas em desfile. Meu tio-avô era um dos aficcionados da festa de Momo. Ele reunia seus amigos, e todos saíam em seus automóveis, portando máscaras e lança-perfumes - a máscara, para que ninguém os reconhecesse e o lança-perfumes, para que, embriagados no doce aroma, pudessem permitir-se ao divertimento, sem qualquer constrangimento.
E assim era durante os quatro dias. Na quarta-feira - ah,a contradição -, iam todos em fila à Catedral da Sé, vestirem-se de cinzas, pedirem perdão dos excessos cometidos, das homéricas bebedeiras, dos beijos roubados, das palavras mal-ditas, das noites boêmias mal-dormidas. Ah, a consciência !
Ao que a Pianista acrescentou - e as músicas, então? Simples jogos de palavras soltas, sem qualquer pretensão de aculturamento, mas, ao contrário, desprestigiando a cultura brasileira. Veja só Noel Rosa! Veja Pixinguinha! O que Villa-Lobos diria?
E eu, ouvia e meditava. Será que eles tinham ouvido falar de Tom Jobim? De Ari Barroso e do "Aquarela do Brasil"? De Chico Buarque e de suas músicas contra a Revolução de 64, que trouxe a ditadura ao Brasil? De Toquinho e Vinícius? Foi quando deu entrada à sala, o Escritor: Bem, querido Maestro e prezada Pianista, onde fica Lobato nesta história? Sem falar dos universais Castro Alves, Alencar, Victor Hugo, Alexandre Dumas, e Charles Dickens? E Shakespeare? E o nosso Machado? Falando em Universais, disse o Maestro, falemos de Mozart! E bateu palmas, feliz.
Quando ele disse - Mozart - meu coração quedou-se, como num staccato de uma grande sinfonia. E num momento atemporal, onde não existe espaço, nem dimensões como as conhecemos, mas um grande Silêncio, ali, à minha frente, num maravilhoso foco resplandecente de cores e luzes, surgiram como num mosaico em movimento, todos os grandes compositores, pensadores, instrumentistas e virtuoses, poetas, pintores, escultores, educadores, estetas, num portentoso concerto em homenagem à ela, a Arte. E seja por inspiração do grande compositor, ou porque o momento era propício, a sala transformou-se, feéricamente iluminada por lustres invisíveis como de cristal, aumentando suas dimensões, atingindo as esferas celestes, transfigurando os nossos personagens, mudando o teor e o colorido das conversações.
E o Escritor, inspirado, disse: O objetivo essencial da Arte, é a busca e a realização do Belo; é, ao mesmo tempo, a busca de Deus, uma vez que Deus é a fonte primeira e a realização perfeita do Bem e do Belo.
Ao que o Maestro retrucou: Mas quanto mais a inteligência se purifica, se aperfeiçoa e se eleva, mais se impregna da idéia do Belo!
Disse a Pianista: Sim, o objetivo essencial da evolução será, portanto, a busca e a conquista da beleza (em sua essência, sem atavismos e aparências), a fim de realizá-la no ser e em suas obras. Tal é a regra da alma em sua ascensão infinita.
Na Terra, completou o Escritor, nem todos os artistas inspiram-se nesse ideal superior. A maior parte limita-se a imitar o que chamam "a natureza", sem se aperceberem de que esta não é senão um dos aspectos da obra divina. Porém, no espaço, continuou a Pianista, a arte se reveste, ao mesmo tempo, das mais sutis e mais grandiosas formas, e ilumina-se com um reflexo divino.
E o Maestro: meus caros, nada se iguala à Música. Vejam uma “Meditação de Thaís” de Jules Massenet! Quanta grandiosidade, quanta leveza!
E eu, pobre mortal, pensei, mas, e Mozart, e o carnaval?
Continuou o Maestro, lembramos aqui que todo Espírito que emana de Deus não apenas possui uma centelha da inteligência divina, como, ainda, goza de uma parcela do poder criador, poder que ele é chamado a manifestar cada vez mais no decorrer de sua evolução, tanto em suas encarnações planetárias quanto na vida no espaço.
Na Terra, sob o véu da carne, essa inteligência e esse poder ficam diminuídos; e contudo é maravilhoso constatar até que ponto o talento do homem pôde subjugar as forças brutais da matéria, vencer a sua resistência, sua hostilidade, submetê-las às suas necessidades e até mesmo às suas fantasias!
Tornei a pensar, neste caso, Beethoven, Brahms, Bach, Carlos Gomes, Dvorak, Tchaikowsky e outros, seriam exemplos disto?
Certamente, respondeu o Escritor. Mas eu apenas pensei! E ele respondeu-me!
Sim, querida menina, o pensamento cria formas, sons, em um grau mais elevado, por exemplo nas materializações de Espíritos, a vontade destes cria formas, rostos, vestimentas, atributos semelhantes aos que eles possuíam na Terra e que nos permitem reconhecê-los, identificá-los. A vontade lhes dá a consistência necessária para tocar os sentidos dos observadores. Os Espíritos Mozart (até que enfim, pensei novamente), Victorien Sardou e outros erigiram para si palácios ornados de plantas e de flores.
Prosseguiu o Maestro, inspirado pela citação do nome de Mozart: O papel essencial da Arte é expressar a vida com todo o seu poder, sua graça e sua beleza. A Arte se eleva e progride em todos os graus da escala da vida realizando formas cada vez mais nobres e perfeitas, que se aproximam da fonte divina de eterna beleza.
E qual não foi o meu espanto, quando deu entrada à sala, nada mais nada menos que o Filósofo, que, aproximando-se, sorridente, exclamou: A música é uma lei moral. Dá alma ao universo, asas ao pensamento, saída à imaginação, encanto à tristeza, alegria e vida a todas as coisas. Ela é a essência da ordem e eleva em direção a tudo o que é bom, justo e belo, e do qual ela é a forma invisível, mas, no entanto, deslumbrante, apaixonada, eterna.
Prosseguiu nosso Filósofo: O infinito das idéias, dos quadros, das imagens, é como um desafio aos limitados recursos do vocabulário terrestre. Com efeito, como encerrar em palavras, como resumir em palavras todo o esplendor das obras que se desenvolvem nas profundezas dos céus estrelados?
E voltou os olhos ao Educador (que, esqueci-me de citar, quedara em silêncio todo esse tempo). Ao contrário do que se imagina, começou a dizer, todos podemos acessar o Belo, pois ele é lei soberana, objetivo supremo do universo. Todos os problemas do ser e do destino resumem-se em poucas palavras. Cada vida deve ser a construção, a realização do belo, o cumprimento da lei.
Neste instante, todos (eu inclusive), silenciamos a palavra e o pensamento. Não mais nos preocupávamos com as manifestações próximas do carnaval que, se no passado trazia a imagem de uma alegria fortuita e permitida (não seria permissiva?), hoje, enlouquecia os Espíritos, na afanosa tarefa de os fazer voltar as manifestações instintivas de satisfações efêmeras, desequilibrantes, minimizando, senão anulando as capacidades evolutivas em ascensão.
Lembrei-me de Emmanuel: Há nesses momentos de indisciplina sentimental o largo acesso das forças das trevas nos corações e às vezes toda uma existência não basta para realizar os reparos precisos de uma hora de insânia e de esquecimento do dever.
A triste festa iria começar em breve. Resquícios de costumes perdidos na Antiguidade de nossa cultura ocidental, pensei, que alegria é esta que se manifesta e exige bebidas, gritos, fantasias, carros alegóricos e desregramentos para se manifestar? E o mais grave: Por quê, se estamos num mundo grande parte cristão? Mas, de pronto, lembrei-me das palavras da personagem Magda, do livro Madalena, A Conversão do Mundo: é o fermento levedando a farinha. Lembremos a parábola de Jesus. Uma medida de fermento faz levedar a massa de farinha, mas para isso tem de misturar-se com ela. O processo de fermentação é lento e apresenta várias fases. O Evangelho está no mundo e vem levedando a sua massa há quase dois mil anos. A massa cresce, mas nova farinha lhe é adicionada a cada geração. A farinha do mundo está num saco invisível, e esse saco tem as dimensões do infinito. E esse pouco mais é o acréscimo da dimensão cristã à consciência humana. O Evangelho é esse acréscimo, uma pequena medida de fermento a levedar a massa do mundo. Nosso conhecimento possível é também uma medida de fermento e precisamos cuidar que ela não se perca, não se deteriore.
Voltei os olhos ao Maestro, à Pianista, ao Escritor, ao Filósofo, ao Educador. Ainda teríamos um bom tempo antes que a humanidade em nós cedesse lugar à Espiritualidade - mas, nesse ínterim, teríamos que passar por uma extensa trajetória de aprendizado e conscientização. Lembrei-me ainda das equipes espirituais no trabalho constante de aprimoramento da ética e da moral, através de seus dignos representantes na Terra e no Espaço. Com Sócrates, a estimular o Ser à busca de si mesmo, no auto-questionamento, na perquirição filosófica constante. E a partir dele, seguiram-se na linha do tempo as figuras dos Grandes Imortais em todos os ramos da Cultura, da Arte, das Ciências Exatas, da Filosofia, da Educação, das Religiões. Foi quando todos eles me disseram: O Espírito humano não pode se elevar até as supremas alturas da Arte cuja fonte é Deus, mas ele pode, ao menos elevar a elas as suas aspirações.
E como transformar as nossas aspirações em anseios de ascensão? Ou seja, qual o caminho a seguir para alcançar uma visão de vida menos materialista, menos embrutecida, menos niilista, menos imediatista, menos omissa?
E eles, sorrindo diante de minhas dúvidas, disseram: Toda ascensão da vida à perfeição eterna, todo esplendor das leis universais, resumem-se em três palavras: Beleza, Sabedoria, e Amor. E acrescentou o Filósofo: Quando nós, seres humanos, encontrarmos dentro de nós mesmos e no outro a projeção Divina do Bem e do Belo, saberemos exteriorizar de forma mais adequada a nossa bagagem interna. Até lá, lutaremos pelo entendimento, pela compreensão; em suma, pelo próprio livre-arbítrio, em seu verdadeiro sentido de condutor e libertador da nossa própria ignorância, o que nos torna, por ora, diante da Existência, ovelhas perdidas e desgarradas do aprisco do Pai, nesta belíssima metáfora de Jesus, que nos tornou parte da Criação Universal sob a Sua Égide. Então, veremos uma nova Renascença na Terra, desta feita, como resposta aos anseios de Espiritualidade dos Seres Humanos, erguidos à sua verdadeira Humanidade.
Silenciei, pois não havia mais nada a dizer.
(Sonia Theodoro da Silva)
(Diálogo virtual, com excertos das palavras de Léon Denis na obra O Espiritismo na Arte); Bibliografia: Madalena, A conversão do mundo, de José Herculano Pires.
PUBLICADO: Revista Internacional de Espiritismo, Ano 89, No.03, Abril 2004, Ano Comemorativo aos 200 Anos de Nascimento de ALLAN KARDEC;
PUBLICADO: Espaço da Autora na Página Colunistas site FEAL: http://www.feal.com.br/artigo.php?car_id=14&col_id=22&t=Carnaval-ou-mozart---um-dialogo-atemporal.
27 de janeiro de 2013
A GRANDE EDUCADORA (Balada aos que sofrem)
Autor Léon Denis / Médium Yvone A. Pereira
Chama-se Dor.
Revela-se na desventura do amante, na desolação da orfandade, na angústia da miséria, no alquebramento da saúde, no esquife do ser querido que se foi deixando atrás de si a lágrima e o luto, no opróbrio da desonra, na humilhação do cárcere, no aviltamento dos prostíbulos, na tragédia dos cadafalsos, na insatisfação dos ideais, na tortura das impossibilidades – no acervo das desilusões contra que se confunde e se decepciona o coração da Humanidade.
Não obstante, a Dor é a grande amiga a zelar pela espécie humana, junto dela exercendo missão elevada e santa.
Estendendo sobre as criaturas suas asas, úmidas sempre do orvalho regenerador das lágrimas, a Dor corrige, educa, aperfeiçoa, exalta, redime e glorifica o sentimento humano a cada vibração que lhe extrai através do sofrimento.
O diamante escravizado em sua ganga sofre inimagináveis dilacerações sob o buril do lapidário até poder ostentar toda a real pureza do grande valor que encerra. Assim também será a nossa alma, que precisará provar o amargor das desventuras para se recobrir dos esplendores das virtudes imortais cujos germens o Sempiterno lhe decalcou no ser desde os longínquos dias do seu princípio!
A alma humana é o diamante raro que a Natureza – Deus – criou para, por si mesmo, aperfeiçoar-se no desdobrar dos milênios, até atingir a plenitude do inimaginável valor que representa, como imagem e semelhança dAquele mesmo Foco que a concebeu. Mas o diamante – Homem – acha-se envolvido das brutezas das paixões inferiores. É um diamante bruto! Chega o dia, porém, em que os germes da imortalidade, nele decalcados, se revolucionam nos refolhos da sua consciência, nele palpitando, então, as ânsias por aquela perfeição que o aguarda, num destino glorificador: - Foi criado para as belezas do Espírito e vê-se bruto o inferior! Destinado a fulgir nos mostruários de esferas redimidas, reconhece-se imperfeito e tardo nas sombras da matéria! Sonha com a sublimização das alegrias em pátrias divinais, onde suas ânsias pelo ideal serão plenamente saciadas, mas se confessa verme, porquanto não aprendeu ainda sequer a dominar os instintos primitivos!
Então o diamante – Homem – inicia, por sua vontade própria, a trajetória indispensável do aperfeiçoamento dos valores que consigo traz em estado ignorado, e entra a sacudir de si a crosta das paixões que o entravam e entenebrecem.
E essa marcha para o Melhor, essa trajetória para o Alto denomina-se Evolução!
A luta, então, apresenta-se rude! É dolorosa, e lenta, e fatigante, e terrível! Dele requer todas as reservas de energias morais, físicas e mentais. Dilacera-lhe o coração, tortura-lhe a alma, e o martirológico, quase sempre, segue com ele, rondando-lhe os passos!
Mas seu destino é imortal, e ele prossegue!
E prosseguindo, vence!...
Então, já não é o bruto de antanho...
O diamante tornou-se jóia preciosa e refulge agora, pleno de méritos e satisfações eternas, nos grandes mostruários da Espiritualidade – esferas de luz que bordam o infinito do Eterno Artista, que é Deus!
A Dor, pois, é para o Espírito humano o que o Sol é para as trevas da noite tempestuosa: - Ressurreição! Porque, se este aclara os horizontes da Terra, levantando com seu brilho majestoso o esplendor da Natureza, aquela desenvolve em nosso ego os magnificentes dons que nele jaziam ignorados: - fecunda a inteligência, depurando o sentimento sob as lições da experiência, educando o caráter, dignificando, elevando, num progredir constante, todo o ser daquele em quem se faz vibrar, tal como o Sol, que vivifica e benfaz as regiões em que se mostra.
A Dor é o Sol da Alma...
A criatura que ainda não sofreu convenientemente carrega em si como que a aridez que desola os pólos glaciais e, como estes, é inacessível às elevadas manifestações do Bem, isto é, às qualidades redentoras que a Dor produz. Nada possuirá para oferecer aos que se lhe aproximam pelos caminhos da existência senão a indiferença que em seu ser se alastra, pois que é na desventura que se aprende a comungar com o Bem, e não pode saber senti-lo quem não teve ainda as fibras da alma tangidas pela inspiração da Dor!
O orgulho e o egoísmo, cancerosas chagas que corrompem as belas tendências do Espírito para os surtos evolutivos que o levarão a redimir-se; as vaidades perturbadoras do senso, as ambições desmedidas, funestas, que não raro arrastam o homem a irremediáveis, precipitosas situações; as torpes paixões que tudo arrebatam e tudo ferem e tudo esmagam na sua voragem avassaladora que infestam a alma humana, inferiorizando-a ao nível da brutalidade, e os quais a Dor, ferindo, cerceia, para implantar depois os fachos imortais de virtudes tais como a humildade, a fé, o desinteresse, a tolerância, a paciência, a prudência, a discrição, o senso do dever e da justiça, os dons do amor e da fraternidade e até os impulsos da abnegação e do sacrifício pelo bem alheio – remanescentes daquelas mesmas sublimes virtudes que de Jesus Nazareno fizeram o mensageiro do Eterno!
Ela, a Dor, é o maior agente do Sempiterno na obra gigantesca da regeneração humana! É a retorta de onde o Sentimento sairá purificado dos vírus maléficos que o infelicitam! Quanto maior o seu jugo, mais benefícios concederá ao nosso ego – tal como o diamante, que mais cintila, alindado, quanto maior for o número dos golpes que lhe talharem as facetas! É a incorruptível amiga e protetora da espécie humana:- zelando pela sua elevação espiritual, inspirando nobres e fraternas virtudes! Ela é quem, no Além-Túmulo, nos leva a meditar, através da experiência, produzindo em nosso ser a ciência de nós mesmos, o critério indispensável para as conquistas do futuro, de que hauriremos reabilitação para a consciência conturbada. É quem, a par do Amor, impele as criaturas à comiseração pelos demais sofredores, e a comiseração é o sentimento que arrasta à Beneficiência. E é ainda ela mesma que nos enternece o coração, fazendo-nos avaliar pelo nosso o infortúnio alheio, predispondo-nos aos rasgos de proteção e bondade; e proteger os infelizes é amar o próximo, enquanto que amar o próximo é amar a Deus, pautando-se pela suprema lei recomendada no Decálogo e exemplificada pelo Divino Mestre!
Por isso mesmo, o coração que sofre não é desgraçado, mas sim venturoso, porque renasce para as auroras da Perfeição, marcha para o destino glorioso, para a comunhão com o Criador Onipotente! Prisioneiro do atraso, o homem somente se desespera sob os embates da Dor porque não a pode compreender ainda. Ela, porém, é magnânima e não maléfica. Não é desventura, é necessidade. Não é desgraça, é progresso. Não é castigo, é lição. Não é aniquilamento, é experiência. Nem é martírio, mas prelúdio de redenção! Notai que – depois do sacrifício na Cruz do Calvário foi que Jesus se aureolou da glória que converterá os séculos:
- “Quando eu for suspenso, atrairei todos a mim”. – Ele próprio o confirmou, falando a seus discípulos.
Sob o seu ferrete é que nos voltamos para aquele misericordioso Pai que é o nosso último e seguro refúgio, a nossa consolação suprema!
As ilusões passageiras da Terra, os prazeres e as alegrias levianas que infestam o mundo, aviltando o sentimento de cada um, nunca fizeram de seus idólatras almas aclaradas pelas chamas do amor a Deus. É que – para levantar na aridez das nossas almas a pira redentora da Fé só há um elemento capaz, e esse elemento é a Dor! Ela, e só ela, é bastante poderosa para reconciliar os homens – filhos pródigos – com o seu Criador e Pai!
Seu concurso é, portanto, indispensável para nos aperfeiçoar o caráter, e inestimável é o seu valor educativo. Serena, vigilante, nobre heróica – ela é o infalível corretivo às ignomínias do coração humano!
Nada há mais belo e respeitável do que uma alma que se conservou serena e comedida em face do infortúnio. Palpita nessa alma a epopéia de todas as vitórias! Responde por um atestado de redenção! Seu triunfo, conquanto ignorado pelo mundo, repercutiu nas regiões felizes do Invisível, onde o comemoraram os santos, os mártires de todos os tempos, os gênios da sabedoria e do bem, almas redimidas e amigas que ali habitam, as quais, como todos os homens que viveram e vivem sobre a Terra, também conheceram as correções da Dor, ela é a lei que aciona a Humanidade nos caminhos para o Melhor até a Perfeição!
Ó almas que sofreis! Enxugai o vosso pranto, calai o vosso desespero! Amai antes a vossa Dor e dela fazei o trono da vossa Imortalidade, pois que, ao findar dessa trajatória de lágrimas a que as existências vos obrigam – é a glorificação eterna que recebereie por prêmio!
Salve, ó Dor bendita, nobre e fiel educadora do coração humano!
E glória ao Espiritismo, que nos veio demonstrar a redenção das almas através da Dor!
LÉON DENIS
VISUALIZE O TEXTO "TRISTES EVENTOS", em http://filosofiaespiritaencantamentoecaminho.blogspot.com
10 de janeiro de 2013
ESTAREMOS NÓS, OS ESPÍRITAS, NOS OMITINDO?
Poderíamos elencar uma série de questões e desafios que o nosso país atravessa nos dias atuais. Talvez, neste espaço, não coubesse a quantidade imensa de desafios nos quais o espírita poderia ser chamado a colaborar com todo o Conhecimento de que é portador, mas vamos apenas citar a Lei de Causa e Efeito, que traz às nossas mãos – a cada instante, a cada dia, a cada reencarnação – os resultados de nossas ações para o bem ou para a obscuridade.
Bastaria que olhássemos a vida como ela se apresenta hoje, para atestarmos, para comprovarmos os efeitos de nossas ações do passado; ao abrirmos um livro de História os fatos lá contidos demonstram a natureza humana em seus momentos de realizações, mas também de desvarios trazendo-nos, nos dias atuais, os frutos dessas semeaduras.
Vamos enfocar os grandes temas de nossa pátria – o Brasil enfrenta profundas crises morais; acrescente-se a isto o fato de que as populações das grandes cidades não conseguem livrar-se do tráfico de drogas e das suas consequências; o país, através de seus poderes, aprova leis que visam a exploração desenfreada da Amazonia e sua consequente e paulatina ocupação desmedida – então vamos ficando por aqui e dar relevância a este último, com enfoque ao problema de Belo Monte – convidamos os leitores a assistirem ao vídeo que postamos neste blog do Projeto Estudos Filosóficos Espíritas, e que fala por si.
Em 2011 lançamos a Campanha “Descriminalizar ou educar” através destes blogs, do site da Fundação Espírita André Luiz (http://www.feal.com.br/artigo.php?car_id=59&col_id=22&t=DESCRIMINALIZAR--OU-EDUCAR-?-), bem como de parte da imprensa espírita, onde expusemos as ideias de vários de nossos pesquisadores envolvidos com o Projeto Estudos Filosóficos Espíritas, e contrários à aprovação da legislação que pretende liberar o uso das drogas entrorpecentes, pois entendemos que seria o caminho mais curto para termos uma população de zumbis (veja-se os exemplos da Holanda e da Suécia).
Em 2012 lançamos a Campanha Contra a Descriminalização do Aborto, em iguais veículos (http://www.feal.com.br/artigo.php?car_id=67&col_id=22&t=A-DESCRIMINALIZACAO-DO-ABORTO-ANENCEFALICO-), pois entendemos que este ato traria terríveis consequências morais e espirituais para todos os envolvidos, e para a coletividade.
E voltamos a perguntar - estaremos nós, os espíritas, alheios a tudo isto? Nosso papel neste momento, tão proclamado como sendo de transição, é de agir, é de encaminharmos a população ao conhecimento racional dos princípios espíritas, de forma aberta e claramente, colocando-os não como ameaça para um “futuro tenebroso” caso não sejam assimilados, mas como elucidadores de que causa gerada com plena consciência de seus efeitos acarreta colheita efetiva de sofrimento(s) futuro(s).
É o momento de descentralizarmos e desinstitucionalizarmos o Espiritismo, para que ele possa ser acessado por todos. É o momento de orientar e de indicar caminhos; é ainda, o momento de ocupar-se os espaços da mídia com abordagens consistentes e falar-se de assuntos relevantes sob a visão dos princípios espíritas.
É o momento de assumirmos a simplicidade de Jesus de Nazaré, que curava almas e ensinava a caminhar; é o momento de alicerçar o Conhecimento Espírita em suas bases filosófico-científicas com as pesquisas atuais embasadas em critérios de rigor científico e sequentes às dos pesquisadores pioneiros, e dizer abertamente e sem temor: somos Espíritos imortais sim, somos responsáveis por tudo o que fizermos ou deixarmos de fazer, sim, e com todas as consequências geradas pelas nossas ações, inclusive o nosso alheamento.
É o momento de educarmos nossos filhos, netos e sobrinhos, crianças e jovens, com base na Educação Espírita, para que assumam a sua identidade de Espíritos reencarnantes, sob a orientação segura de uma Doutrina que soma aprimoramento intelectual e sentimentos confraternos.
Emmanuel disse em algum lugar, que não estávamos reencarnados em férias – e que no momento em que mais intensamente precisaríamos lutar com empenho e amor, poderíamos ser distraídos pelos avanços da tecnologia e pelo progresso que nos traria fartura e conforto.
Estaríamos nesse momento? Acredito – minha opinião – que sim. Muito já poderíamos ter feito – da mesma forma como os pioneiros do Bem fizeram - serenamente, mas corajosa e efetivamente.
Certamente que o leme deste barco está nas mãos de Jesus – porém, não esqueçamos que mesmo Ele não prescinde de marinheiros responsáveis para conduzi-lo.
Sonia Theodoro da Silva
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O Espiritismo na TV aberta
Na data de hoje assistimos a mais um debate num canal de TV entre representantes de religiões com a presença de um espírita. Os assuntos abordados giraram em torno do tema “paranormalidade”, e cada representante deu o seu parecer acerca do que a sua religião preconizava a respeito. Sem dúvida que o representante espírita abordou o tema de forma a canalizá-lo para as comprovações de ordem científica a partir dos estudos de Allan Kardec. E não poderia ser de outra forma; contudo, este foco, que deve ser melhor tratado e enfatizado em qualquer entrevista onde o Espiritismo seja convidado a participar, acabou por ser desviado para as questões de ordem religiosa dogmática. Parece-me – e aqui exprimo a minha opinião – que este terreno ainda está extremamente verde; seria como esbarrar num muro intransponível, onde os religiosos se enclausuram quando não querem responder às mais simples questões. E mais uma vez Jesus vaio à tona como a 2ª. pessoa da trindade católica e protestante, como alternativa de argumentação.
Os participantes se dividiram, com o umbandista aliando-se ao protestante contra o espírita, que tentava explicar racionalmente os ensinos de Jesus e a sua vida; a sua citação de uma passagem do livro “Ciência Espírita” do pensador espírita José Herculano Pires para embasar o seu discurso, acabou por ser depreciada e relegada ao plano das improváveis e "pseudo-verdades espíritas".
O enfoque do umbandista pendeu para o que ele chamou de “arrogância de médiuns” que se utilizam da ingenuidade do público para enriquecerem e se encastelarem em pedestais de poder, ao que o protestante aproveitou para citar a famosa passagem do Deuteronômio onde Moisés proibia as comunicações com os espíritos (sem dúvida que em sua época de manifestações medianímicas primitivas Moisés não poderia ter agido de outra forma).
E assim progrediu a entrevista, como um colar de pérolas que perde o fio que as sustenta, na pessoa de uma entrevistadora que não conseguiu manter o bom nível das discussões.
O programa não apresentou nada de novo, nada acrescentou aos telespectadores que, mais uma vez, ficaram sem as necessárias e prementes explicações às magnas questões da vida humana em conflito, e que somente o Espiritismo pode elucidar. Não estamos colocando a Doutrina Espírita por sobre qualquer tradição religiosa apenas lembraríamos de que princípios de fé não são discutíveis pois fazem parte do inconsciente coletivo como verdade indiscutível, portanto como dogmas de fé.
O Espiritismo é constituído de princípios de razão, universais, e que compõem as Leis Divinas - aqui estão as Palavras de Deus - perfeitamente acessíveis através do estudo, da pesquisa, da meditação consciente.
O desfecho demonstrou, mais uma vez, a ausência de interesse geral nas pesquisas científicas que hoje muitos espíritas no Brasil e no exterior fazem, comprovando os princípios espíritas ensinados pelos Espíritos Superiores e profundamente estudados por Kardec e seus continuadores: a existência da vida após a morte, a pluralidade das existências, a comunicabilidade dos Espíritos, a lei de causa e efeito; as pesquisas dos hoje sistematicamente ignorados William Crookes, Ernesto Bozzano, Hernani Guimarães Andrade, ignorados até pelos próprios brasileiros, a mediunidade formidável de um Carmine Mirabelli, filho de imigrantes italianos e morador da Zona Norte de São Paulo, no bairro de Santana, de um Peixotinho, de uma Ana Prado, de uma Elisabeth d'Espérance, de uma Florence Cook, de muitos outros que compõem a história da paranormalidade mundial e que foram estudados por brasileiros espíritas, conscientes da magnitude de significados que esses médiuns traziam consigo. Poderíamos citar centenas de médiuns e pesquisadores sérios que atestaram os princípios espíritas como princípios de Verdade.
Ou seja, mais uma vez o público perdeu a oportunidade de saber porque é refém de uma época onde a violência e a falta de respeito à vida se manifestam, porque sofremos, porque trabalhamos, porque vivemos e afinal, para onde estamos caminhando; o pior cativeiro ainda é a ignorância de sabermo-nos Espíritos reencarnantes com deveres, obrigações, compromissos, e realizações efetivas e consistentes que aguardam as nossas iniciativas.
O encerramento do programa culminou com cada participante divulgando a sua própria instituição, como palavras finais. E mais uma vez o Espiritismo não pode firmar-se com a coragem que lhe é característica, na demonstração de todos esses fatos – hoje sobejamente comprovados cientificamente, porém ainda relegados a segundo plano, ou o que é pior - relegados a material pertencente ao ocultismo, ao sobrenatural, à demoniologia. Lamentável.
Sonia Theodoro da Silva
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