FILOSOFANDO O COTIDIANO

O autor define com mestria o significado da FILOSOFIA ESPÍRITA vigente no atual estágio evolutivo em que nos encontramos.
Acompanhe conosco esse processo de encontros e desafios, que definem o Ser em busca de si mesmo através de ações que convergem a favor da paz e da Harmonia.

Educar para o pensar espírita é educar o ser para dimensões conscienciais superiores. Esta educação para o Espírito implica em atualizar as próprias potencialidades, desenvolvendo e ampliando o seu horizonte intelecto-moral em contínua ligação com os Espíritos Superiores que conduzem os destinos humanos.(STS)

Base Estrutural do ©PROJETO ESTUDOS FILOSÓFICOS ESPÍRITAS (EFE, 2001): Consulte o rodapé deste Blog.

10 de janeiro de 2013

O Espiritismo na TV aberta


Na data de hoje assistimos a mais um debate num canal de TV entre representantes de religiões com a presença de um espírita. Os assuntos abordados giraram em torno do tema “paranormalidade”, e cada representante deu o seu parecer acerca do que a sua religião preconizava a respeito. Sem dúvida que o representante espírita abordou o tema de forma a canalizá-lo para as comprovações de ordem científica a partir dos estudos de Allan Kardec. E não poderia ser de outra forma; contudo, este foco, que deve ser melhor tratado e enfatizado em qualquer entrevista onde o Espiritismo seja convidado a participar, acabou por ser desviado para as questões de ordem religiosa dogmática. Parece-me – e aqui exprimo a minha opinião – que este terreno ainda está extremamente verde; seria como esbarrar num muro intransponível, onde os religiosos se enclausuram quando não querem responder às mais simples questões. E mais uma vez Jesus vaio à tona como a 2ª. pessoa da trindade católica e protestante, como alternativa de argumentação.

Os participantes se dividiram, com o umbandista aliando-se ao protestante contra o espírita, que tentava explicar racionalmente os ensinos de Jesus e a sua vida; a sua citação de uma passagem do livro “Ciência Espírita” do pensador espírita José Herculano Pires para embasar o seu discurso, acabou por ser depreciada e relegada ao plano das improváveis e "pseudo-verdades espíritas".

O enfoque do umbandista pendeu para o que ele chamou de “arrogância de médiuns” que se utilizam da ingenuidade do público para enriquecerem e se encastelarem em pedestais de poder, ao que o protestante aproveitou para citar a famosa passagem do Deuteronômio onde Moisés proibia as comunicações com os espíritos (sem dúvida que em sua época de manifestações medianímicas primitivas Moisés não poderia ter agido de outra forma).

E assim progrediu a entrevista, como um colar de pérolas que perde o fio que as sustenta, na pessoa de uma entrevistadora que não conseguiu manter o bom nível das discussões.

O programa não apresentou nada de novo, nada acrescentou aos telespectadores que, mais uma vez, ficaram sem as necessárias e prementes explicações às magnas questões da vida humana em conflito, e que somente o Espiritismo pode elucidar. Não estamos colocando a Doutrina Espírita por sobre qualquer tradição religiosa apenas lembraríamos de que princípios de fé não são discutíveis pois fazem parte do inconsciente coletivo como verdade indiscutível, portanto como dogmas de fé.

O Espiritismo é constituído de princípios de razão, universais, e que compõem as Leis Divinas - aqui estão as Palavras de Deus - perfeitamente acessíveis através do estudo, da pesquisa, da meditação consciente.

O desfecho demonstrou, mais uma vez, a ausência de interesse geral nas pesquisas científicas que hoje muitos espíritas no Brasil e no exterior fazem, comprovando os princípios espíritas ensinados pelos Espíritos Superiores e profundamente estudados por Kardec e seus continuadores: a existência da vida após a morte, a pluralidade das existências, a comunicabilidade dos Espíritos, a lei de causa e efeito; as pesquisas dos hoje sistematicamente ignorados William Crookes, Ernesto Bozzano, Hernani Guimarães Andrade, ignorados até pelos próprios brasileiros, a mediunidade formidável de um Carmine Mirabelli, filho de imigrantes italianos e morador da Zona Norte de São Paulo, no bairro de Santana, de um Peixotinho, de uma Ana Prado, de uma Elisabeth d'Espérance, de uma Florence Cook, de muitos outros que compõem a história da paranormalidade mundial e que foram estudados por brasileiros espíritas, conscientes da magnitude de significados que esses médiuns traziam consigo. Poderíamos citar centenas de médiuns e pesquisadores sérios que atestaram os princípios espíritas como princípios de Verdade.

Ou seja, mais uma vez o público perdeu a oportunidade de saber porque é refém de uma época onde a violência e a falta de respeito à vida se manifestam, porque sofremos, porque trabalhamos, porque vivemos e afinal, para onde estamos caminhando; o pior cativeiro ainda é a ignorância de sabermo-nos Espíritos reencarnantes com deveres, obrigações, compromissos, e realizações efetivas e consistentes que aguardam as nossas iniciativas.

O encerramento do programa culminou com cada participante divulgando a sua própria instituição, como palavras finais. E mais uma vez o Espiritismo não pode firmar-se com a coragem que lhe é característica, na demonstração de todos esses fatos – hoje sobejamente comprovados cientificamente, porém ainda relegados a segundo plano, ou o que é pior - relegados a material pertencente ao ocultismo, ao sobrenatural, à demoniologia. Lamentável.

Sonia Theodoro da Silva
www.filosofiaespirita.org

EFE Filosofia Espírita

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EFE- Educação Mediúnica com base na Filosofia Espírita

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